Para designar a conexão existente entre quaisquer
partes rígidas do esqueleto, quer sejam ossos, quer cartilagens, empregamos os
termos juntura ou articulação. Esta conexão não se faz da mesma maneira entre todos
os ossos, a maior ou menor possibilidade de movimento varia com o tipo de
união.
Classificação das junturas
As junturas possuem certos aspectos estruturais e
funcionais em comum que permitem classificá-las em três grandes grupos:
- Fibrosas
- Cartilaginosas
- Sinoviais
Junturas fibrosas
As articulações fibrosas incluem todas as articulações onde as
superfícies dos ossos estão quase em contato direto, como nas articulações
entre os ossos do crânio. Há dois tipos principais de articulações fibrosas: suturas e sindesmoses.
Suturas
Os ossos são unidos por tecido fibroso. Na maioria dos casos, o grau de
movimento em uma articulação fibrosa depende do comprimento das fibras que unem
os ossos. As suturas do crânio são exemplos de articulações fibrosas. Esses ossos
estão bem próximos, encaixando-se ao longo de uma linha ondulada ou
superpostos.
Há três tipos de suturas no crânio:
DANGELO e FATTINI. Anatomia Humana Básica. 2 ª edição.
Atheneu. São Paulo, 2005.
Suturas escamosas (União bisel. Ex.: Juntura entre os ossos parietal e temporal).
DANGELO e FATTINI. Anatomia Humana Básica. 2 ª edição.
Atheneu. São Paulo, 2005.
Suturas serreadas ou denteadas (União em linha “denteada”. Ex.: Juntura entre os ossos parietais).
DANGELO e FATTINI. Anatomia Humana Básica. 2 ª edição.
Atheneu. São Paulo, 2005.
Sindesmose
A sindesmose, um tipo de articulação fibrosa, une os ossos com uma
lâmina de tecido fibroso, que pode ser um ligamento ou uma membrana fibrosa.
Consequentemente, este tipo de articulação tem mobilidade parcial. A membrana
interóssea no antebraço é uma lâmina de tecido fibroso que une o rádio e a ulna
em uma sindesmose.
Junturas cartilaginosas
Nas articulações cartilaginosas, as estruturas são unidas por cartilagem
hialina ou fibrocartilagem.
Articulações cartilaginosas primárias, ou sincondroses, os
ossos são unidos por cartilagem hialina o que permite leve encurvamento no
início da vida. As articulações cartilaginosas primárias geralmente são uniões
temporárias, como aquelas presentes durante o desenvolvimento de um osso longo,
nas quais a epífise e a diáfise são unidas por uma cartilagem epifisal. As
sincondroses permitem o crescimento do osso no comprimento. Quando é atingido
crescimento completo, a cartilagem epifisial converte-se em osso e as epífises fundem-se
com a diáfise.
Articulações cartilaginosas
secundárias, ou sínfises, são articulações fortes, ligeiramente móveis, unidas por
fibrocartilagem. Os discos invertebrais fibrocartilaginosos existentes entre as
vértebras são formados por tecido conjuntivo que une as vértebras. Acumulativamente,
essas articulações oferecem resistência e absorção de choque além de
considerável flexibilidade para a coluna vertebral.
Junturas sinoviais
Nas articulações sinoviais, os ossos são unidos por uma cápsula
articular ( formada por uma camada ou membrana fibrosa externa revestida por
uma membrana sinovial serosa) que se estende e reveste uma cavidade articular. A
cavidade articular de um articulação sinovial como o joelho, é um espaço
virtual que contem uma pequena quantidade de liquido sinovial lubrificante, secretado
pela membrana sinovial. No interior da cápsula, a cartilagem articular cobre as
superfícies articulares( superfícies de sustentação) dos ossos; todas as outras
superfícies internas são cobertas por membrana sinovial.
As articulações sinoviais podem ser: Plana, Gínglimo, Trocóide, Condilar, Em sela, e Esferóide.
Articulações do tipo Gínglimo: é a articulação do cotovelo. Este tipo de articulação é também dobradiça e os nomes referem-se muito mais ao movimento que elas realizam do que a forma das superfícies articulares: flexão e extensão (movimentos angulares). Observa-se que a superfície articular do úmero , entra em contato com a ulna.
Articulação do tipo Trocóide: Estas junturas permitem rotação e seu eixo de movimento , unico , é vertical: são mono-axiais. um exemplo tipico é a articulação rádio - ulnar proximal responsável pelos movimentos de pronação e supinação do antibraço.
Articulação do tipo Condilar: essas junturas permitem flexão, extensão , abdução e adução. Possui dois eixos de movimento, sendo portanto bi-axiais. A articulação rádio-cárpica é um exemplo. Outro é a articulação temporomandibular.
Articulação do tipo Plana: Esse tipo de articulação são ligeiramente curvas , permitindo deslisamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção. A articulação sacro-ilíaca é um exemplo deslisamento existe em todas as junturas sinoviais mais as articulaçôes planas ele é discreto , fazendo com que a amplitude do movimento seja bastante reduzida.
Articulação do tipo em Sela: apresenta com cavidade no sentido e convexcidade , e si encaixa numa segunda peça onde a convexcidade e com cavidade apresentam-se no sentido inverso da primeira. A articulação carpo-metacárpica do polegar é um exemplo típico. Essa articulação permite flexão , extensão , abdução , adução e rotação. É classificada como bi-axial
Articulação do tipo Esferóide: Apresentam superfície articulares que são seguimentos de esferas e se encaixa em receptáculos ocos. Esse tipo de juntura permite movimentos em torno de três eixos , sendo portanto, tri-axial. Assim , a articulação do ombro e do cadril permitem movimentos de flexão , extensão , adução , abdução , rotação , circundação.
As superfícies articulares são aquelas que entram em
contato numa determinada juntura. Estas superfícies são revestidas em toda a
sua extensão; por cartilagem hialina (cartilagem articular) que representa a
porção do osso que não foi invadida pela ossificação. Em virtude desse
revestimento as superfícies articulares se apresentam lisas, polidas e de cor
esbranquiçada. São superfícies de movimento e, portanto, suas funções são
condicionadas a ele: a redução da mobilidade na articulação pode levar à
fibrose da cartilagem articular, com anquilose da juntura (perda da
mobilidade).
Cavidade articular
A cavidade articular é
um espaço virtual onde se encontram o líquido sinovial. Este é o lubrificante
natural da juntura, que permite o deslizamento com um mínimo de atrito e
desgaste.
Cápsula articular
A cápsula articular é
uma membrana conjuntiva que envolve a juntura sinovial. Apresenta- se com duas camadas: a membrana
fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira mais resistente e
pode estar reforçada, em alguns pontos, por feixes também fibrosos, que constituem
os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em muitas
junturas sinoviais, todavia, existem ligamentos independentes da cápsula
articular denominados extra-capsulares ou acessórios e em algumas, como a do
joelho, aparecem também ligamentos intra-articulares.
Discos e Meniscos
Em várias junturas
sinoviais, interpostas às superfícies articulares, encontram –se formações fibrocartilaginosas,
os discos e meniscos intra- articulares, de função discutida: serviriam à
melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou
seriam estruturas destinadas a receber violentas pressões, agindo como
amortecedores. Meniscos, com sua característica forma de meia lua, são
encontrados na articulação do joelho.
Os meniscos do joelho
são frequentemente lesados e sua retirada cirúrgica é bastante comum. Algumas
vezes , após a retirada , forma-se um novo menisco , replica no primeiro ,
porém , não mais constituído de fibrocartilagem mais sim de conjuntivo fibroso
denso , menos resistente.
DANGELO e FATTINI. Anatomia Humana Básica. 2 ª edição. Atheneu. São Paulo, 2005.
DALLEY e MOORE. Anatomia Orientada para Clinica. 5ª edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2007.
Amanda da Silva
Dáphani Araújo
Iandra Silva
Sarah Leide
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