sábado, 30 de novembro de 2013

SISTEMA REPRODUTOR


Uma das principais características dos seres vivos é a sua capacidade de reprodução,

que é a produção de novos seres a partir de seus progenitores. Na espécie humana,

a reprodução é do tipo sexuada , porque é consequência da junção de duas células:

os gametas masculino e feminino. Cada um dos gametas contém parte do código

genético do pai e da mãe, garantindo que suas características passem para o filho e

sejam perpetuadas pelas gerações.

A produção dos gametas e dos hormônios sexuais é função do sistema reprodutor.


Sistema Reprodutor Masculino

No homem, o sistema reprodutor é formado por testículos, epidídimos, ductos

deferentes, vesículas seminais, ductos ejaculatórios, próstata e pênis.

Os testículos são duas glândulas ovais (gônadas) de aproximadamente cinco cm de

comprimento, normalmente situado na bolsa escrotal, que, por sua vez é formada de

pele frouxa e tecido subcutâneo com fibras musculares. No feto os testículos ficam

dentro da cavidade abdominal, onde se originam, e só no final do desenvolvimento

intrauterino é que descem para a bolsa.

O testículo possui uma camada de revestimento esbranquiçada e rígida, a túnica

albugínea. Ela envia para o interior do testículo septos que o dividem em lóbulos, onde

se localizam os túbulos seminíferos. Os espermatozoides são produzidos no interior

desses túbulos, cujo numero aproximado é de 900 em cada testículo. Nos túbulos

seminíferos ficam as células espermatogênicas, que formam os espermatozoides.

Os espermatozoides são formados num ritmo intenso, ate 300 milhões por dia. São

células altamente especializadas, preparadas para sua função, que é penetrar um

ovócito secundário. Observar-se na extremidade anterior do espermatozoide uma

cabeça cujo núcleo possui 23 cromossomos. O acrossomo reveste a porção anterior

da cabeça, contendo enzimas (hialuronidases e proteases) que facilitam a penetração

no ovócito secundário. Abaixo da cabeça fica o colo, uma região inicial da cauda

propriamente dita.





Os túbulos seminíferos desembocam nos túbulos retos, que, por sua vez, convergem

numa rede de túbulos denominada rede testicular. Dela saem de 8 a 15 túbulos

diferentes, que se dirigem para um único ducto epididimário. Esse ducto pode chegar

a medir 6 metros, mas se enovela intensamente dando origem ao epidídimo, órgão

em forma de vírgula que mede de 4 a 7 centímetros de comprimento e se situa

sobre a borda posterior do testículo e cuja função e armazenar e amadurecer os

espermatozoides.

Pela cauda do epidídimo sai o ducto deferente, com 45 centimetros de comprimento,

que entra na cavidade abdominal conduzindo os espermatozoides e termina numa

porção dilatada, a ampola do ducto deferente, juntando-se com a vesícula seminal. Os

espermatozoides podem permanecer por meses no ducto deferente e, se não forem

utilizados, são reabsorvidos.

As vesículas seminais situam-se posteriormente a bexiga e produzem uma secreção

viscosa alcalina que forma a maior parte do sêmen e cuja função é proteger e nutrir os

espermatozoides. Seu ducto une-se com a ampola do ducto deferente para formar os

ductos ejaculatórios, que penetram na próstata e desembocam na uretra prostática.

A próstata é uma glândula situada abaixo da porção inferior da bexiga e que secreta

o líquido prostático – leitoso, ligeiramente ácido, que contribui para a mobilidade e

nutrição do espermatozoide, formando cerca de 25% do sêmen. Ela envolve a porção

prostática (primeira porção) da uretra. Em casos de aumentos do volume prostático,

pode haver dificuldade de eliminação da urina em função da compressão dessa

porção de uretra.

Após a porção prostática, encontra-se a porção membranosa da uretra, a mais

curta. Ela atravessa os músculos do períneo e, ao seu lado, ficam as glândulas

bulbouretrais, que têm o tamanho de uma ervilha e produzem uma secreção alcalina

que, durante a excitação sexual, lubrifica a uretra e elimina a acidez deixada por

resíduos de urina. Apesar de estarem ao lado da porção membranosa da uretra, seus

ductos se abrem somente na uretra peniana.

O pênis é o órgão copulador do sistema reprodutor masculino. É formado por três

corpos eréteis, que, ao se encherem de sangue, aumentam de volume e rigidez,

provocando a ereção. Esses três corpos eréteis são: dois corpos cavernosos e um

corpo esponjoso. Dentro do corpo esponjoso encontra-se a porção peniana (ou

esponjosa) da uretra, que conduz, alternadamente, o sêmen ou urina.

Na extremidade proximal, o pênis tem uma raiz formada pelos chamados ramos do

pênis (corpos cavernosos) e pelo bulbo do pênis (corpo esponjoso). Após a raiz,

encontra-se o corpo do pênis: em sua parte distal, o corpo esponjoso forma uma

dilatação terminal onde se abre a uretra, a glande, que é recoberta pro uma prega

retrátil de pele chamada prepúcio. O estreitamento da abertura do prepúcio, quando

não permite retrai-lo e descobrir a glande, é a fimose, que dificulta a higiene e pode

levar a infecções ou doenças mais graves do pênis.


A Importância da Bolsa Escrotal


Ela mantém a temperatura dos testículos cerca de dois a três graus abaixo da

temperatura corporal, o que e fundamental para a produção de espermatozoides. Há

no tecido subcutâneo da bolsa escrotal duas camadas musculares: o cremáster, que

eleva os testículos, e o darto, que enruga a pele do escroto. Ambos respondem ao frio

e servem como um mecanismo regulador de temperatura.

Vasectomia


É a cirurgia de esterilização masculina, realizada com uma incisão na parte posterior

da bolsa escrotal, ligadura e retirada de um segmento do ducto deferente, Assim, os

espermatozoides não podem ser eliminados, então morrem e são reabsorvidos no

epidídimo. A vasectomia não afeta as células de Leydig, portanto em nada interfere

na libido e nas funções sexuais. E muito eficaz e segura. Apesar da possibilidade de

reversão da cirurgia, o sucesso no retorno à fertilidade é menor que 50%.


Sêmen


Em cada ejaculação há a liberação de 2,5 mililitros a 5 mililitros de sêmen com

uma quantidade de espermatozoides que varia de 50 milhões a 15º milhões por

mililitro. Taxas inferiores a 20 milhões de espermatozoides por mililitro podem levar à

infertilidade



Sistema Reprodutor Feminino


O sistema reprodutor feminino diferencia-se funcionalmente do masculino por uma

característica essencial: ele não se limita a produzir gametas e hormônios sexuais –

é também o receptáculo do concepto. É no seu interior que o concepto se desenvolve

por noves meses, até ser capaz de se adaptar ao mundo externo.

Genitais Externos

Os órgãos genitais externos femininos formam um conjunto chamado vulva, composto

de estruturas que podem ser visualizadas sem o auxílio de instrumentos, como:

• Monte Púbico: Elevação de tecido adiposo, recoberto por pelos, que protege a

sínfise púbica.

• Grandes Lábios: Com tecido adiposo e pelos pubianos.

• Pequenos Lábios: Sem gordura ou pelos.

• Clitóris: Massa de tecido erétil, análogo ao pênis, recoberto parcialmente pelo

prepúcio do clitóris, uma prega de pele próxima à união anterior dos lábios

menores.

Entre os pequenos lábios fica o vestíbulo, onde se abrem a vagina (que pode ainda

estar parcialmente recoberta pelo hímen), a uretra e as glândulas vestibulares maiores

– conhecidas ainda por glândulas de Bartholin – que produzem muco durante a

excitação sexual.

Sob os grandes lábios existem os bulbos do vestíbulo, massas de tecido erétil, assim

como o clitóris, que também se ingurgitam durante a relação sexual.


Genitais Internos


Os órgãos genitais internos femininos são: útero, tubas uterinas e ovários.

A vagina é um espaço tubular fibromuscular recoberto com uma mucosa pregueada

com cerca de 10 centímetros de comprimento. Ela comunica a vulva com o útero.

Suas paredes são musculares e têm capacidade de contração. A vagina tem as

funções de receber o pênis durante a relação sexual, dar saída ao fluxo menstrual e

formar o canal do parto. A vagina tem grande elasticidade tanto no sentido longitudinal

quanto transversal.

O útero, por sua vez, é um órgão oco, em forma de pera, com paredes musculares

espessas. Ele serve como caminho para os espermatozoides chegarem à tuba uterina

para a fertilização e abriga o feto durante o seu desenvolvimento, podendo crescer

até um volume de 5 litros. A porção inferior do útero insinua-se para dentro da porção

superior da vagina e é chamada de colo do útero. A parte central, denominada corpo

do útero, é separado do colo pelo intestino. A porção superior e o fundo do útero. Na

junção entre corpo e fundo saem as tubas interinas, duas estruturas que se estendem

lateralmente em direção aos ovários, de onde capturam os ovócitos secundários.

As tubas são compostas por um infundíbulo (que se abre para a cavidade pélvica

e por onde o ovócito secundário entra), recoberto em sua extremidade por franjas

denominadas fímbrias, por uma ampola (porção mais dilatada onde ocorre a

fecundação na maioria dos casos) e por um istmo (porção mais proximal e mais

estreita).

Por ser um órgão oco, o útero possui um espaço em seu interior que é chamado de

cavidade interina na região do corpo e de canal cervical na região do colo. As paredes

uterinas são formadas por três camadas: o perímetro, camada de revestimento,

é a mais externa e continua no peritônio, formando o mais evidente ligamento do

útero – o ligamento largo; o miométrio, camada média formada por músculo liso; e

o endométrio, a camada mais internam muito vascularizada, que se altera durante o

ciclo menstrual.

O útero tem uma posição padrão chamada de anteversoflexão. Isso significa

simplesmente que o corpo do útero se inclina anteriormente em relação ao colo, e,

além disso, o próprio corpo e côncavo anteriormente. Alterações na posição normal de

anteversoflexão podem levar a infertilidade.

Os ovários são as gônadas femininas e produzem hormônios e ovócitos secundários.

São estruturas pequenas, em forma de amêndoa, ancoradas por ligamentos como o

mesovário (parte do ligamento largo do útero) e o ligamento útero-ovárico.

Quando nasce, a mulher já está em fase avançada no seu desenvolvimento de

células germinativas, que se encontram no estágio de ovócito primário. Envolvendo

os ovócitos existem células foliculares. Após a puberdade, a cada ciclo ocorre a

maturação de um folículo e um ovócito, gerando um ovócito secundário, que pode ser

fecundado e gerar, por fim, um zigoto. Portanto, o que ocorre na puberdade não e a

formação de novos gametas, mas a maturação das formas já existentes.

A partir da puberdade, as estruturas ovarianas produzem dois hormônios, o estrogênio

e a progesterona. O estrogênio age na formação das características sexuais

femininas, como o alargamento da pelve e o desenvolvimento da vagina, dos grandes

e pequenos lábios, dos pelos pubianos e das mamas. Já a progesterona prepara o

útero para a gravidez e as mamas para produzir leite.

Bibliografia: -Lopes, Sônia. Bio volume único. -2. ed.-São Paulo: Saraiva, 2008. Páginas 661, 662 e 663

-Zorxi Iriam Gmomes Starling, Rafel. Corpo humano orgãos sistemas efuncionamento. Rio de Janeiro: Senac Editoras, 2012. página 115.

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