sábado, 30 de novembro de 2013

SISTEMA REPRODUTOR


Uma das principais características dos seres vivos é a sua capacidade de reprodução,

que é a produção de novos seres a partir de seus progenitores. Na espécie humana,

a reprodução é do tipo sexuada , porque é consequência da junção de duas células:

os gametas masculino e feminino. Cada um dos gametas contém parte do código

genético do pai e da mãe, garantindo que suas características passem para o filho e

sejam perpetuadas pelas gerações.

A produção dos gametas e dos hormônios sexuais é função do sistema reprodutor.


Sistema Reprodutor Masculino

No homem, o sistema reprodutor é formado por testículos, epidídimos, ductos

deferentes, vesículas seminais, ductos ejaculatórios, próstata e pênis.

Os testículos são duas glândulas ovais (gônadas) de aproximadamente cinco cm de

comprimento, normalmente situado na bolsa escrotal, que, por sua vez é formada de

pele frouxa e tecido subcutâneo com fibras musculares. No feto os testículos ficam

dentro da cavidade abdominal, onde se originam, e só no final do desenvolvimento

intrauterino é que descem para a bolsa.

O testículo possui uma camada de revestimento esbranquiçada e rígida, a túnica

albugínea. Ela envia para o interior do testículo septos que o dividem em lóbulos, onde

se localizam os túbulos seminíferos. Os espermatozoides são produzidos no interior

desses túbulos, cujo numero aproximado é de 900 em cada testículo. Nos túbulos

seminíferos ficam as células espermatogênicas, que formam os espermatozoides.

Os espermatozoides são formados num ritmo intenso, ate 300 milhões por dia. São

células altamente especializadas, preparadas para sua função, que é penetrar um

ovócito secundário. Observar-se na extremidade anterior do espermatozoide uma

cabeça cujo núcleo possui 23 cromossomos. O acrossomo reveste a porção anterior

da cabeça, contendo enzimas (hialuronidases e proteases) que facilitam a penetração

no ovócito secundário. Abaixo da cabeça fica o colo, uma região inicial da cauda

propriamente dita.





Os túbulos seminíferos desembocam nos túbulos retos, que, por sua vez, convergem

numa rede de túbulos denominada rede testicular. Dela saem de 8 a 15 túbulos

diferentes, que se dirigem para um único ducto epididimário. Esse ducto pode chegar

a medir 6 metros, mas se enovela intensamente dando origem ao epidídimo, órgão

em forma de vírgula que mede de 4 a 7 centímetros de comprimento e se situa

sobre a borda posterior do testículo e cuja função e armazenar e amadurecer os

espermatozoides.

Pela cauda do epidídimo sai o ducto deferente, com 45 centimetros de comprimento,

que entra na cavidade abdominal conduzindo os espermatozoides e termina numa

porção dilatada, a ampola do ducto deferente, juntando-se com a vesícula seminal. Os

espermatozoides podem permanecer por meses no ducto deferente e, se não forem

utilizados, são reabsorvidos.

As vesículas seminais situam-se posteriormente a bexiga e produzem uma secreção

viscosa alcalina que forma a maior parte do sêmen e cuja função é proteger e nutrir os

espermatozoides. Seu ducto une-se com a ampola do ducto deferente para formar os

ductos ejaculatórios, que penetram na próstata e desembocam na uretra prostática.

A próstata é uma glândula situada abaixo da porção inferior da bexiga e que secreta

o líquido prostático – leitoso, ligeiramente ácido, que contribui para a mobilidade e

nutrição do espermatozoide, formando cerca de 25% do sêmen. Ela envolve a porção

prostática (primeira porção) da uretra. Em casos de aumentos do volume prostático,

pode haver dificuldade de eliminação da urina em função da compressão dessa

porção de uretra.

Após a porção prostática, encontra-se a porção membranosa da uretra, a mais

curta. Ela atravessa os músculos do períneo e, ao seu lado, ficam as glândulas

bulbouretrais, que têm o tamanho de uma ervilha e produzem uma secreção alcalina

que, durante a excitação sexual, lubrifica a uretra e elimina a acidez deixada por

resíduos de urina. Apesar de estarem ao lado da porção membranosa da uretra, seus

ductos se abrem somente na uretra peniana.

O pênis é o órgão copulador do sistema reprodutor masculino. É formado por três

corpos eréteis, que, ao se encherem de sangue, aumentam de volume e rigidez,

provocando a ereção. Esses três corpos eréteis são: dois corpos cavernosos e um

corpo esponjoso. Dentro do corpo esponjoso encontra-se a porção peniana (ou

esponjosa) da uretra, que conduz, alternadamente, o sêmen ou urina.

Na extremidade proximal, o pênis tem uma raiz formada pelos chamados ramos do

pênis (corpos cavernosos) e pelo bulbo do pênis (corpo esponjoso). Após a raiz,

encontra-se o corpo do pênis: em sua parte distal, o corpo esponjoso forma uma

dilatação terminal onde se abre a uretra, a glande, que é recoberta pro uma prega

retrátil de pele chamada prepúcio. O estreitamento da abertura do prepúcio, quando

não permite retrai-lo e descobrir a glande, é a fimose, que dificulta a higiene e pode

levar a infecções ou doenças mais graves do pênis.


A Importância da Bolsa Escrotal


Ela mantém a temperatura dos testículos cerca de dois a três graus abaixo da

temperatura corporal, o que e fundamental para a produção de espermatozoides. Há

no tecido subcutâneo da bolsa escrotal duas camadas musculares: o cremáster, que

eleva os testículos, e o darto, que enruga a pele do escroto. Ambos respondem ao frio

e servem como um mecanismo regulador de temperatura.

Vasectomia


É a cirurgia de esterilização masculina, realizada com uma incisão na parte posterior

da bolsa escrotal, ligadura e retirada de um segmento do ducto deferente, Assim, os

espermatozoides não podem ser eliminados, então morrem e são reabsorvidos no

epidídimo. A vasectomia não afeta as células de Leydig, portanto em nada interfere

na libido e nas funções sexuais. E muito eficaz e segura. Apesar da possibilidade de

reversão da cirurgia, o sucesso no retorno à fertilidade é menor que 50%.


Sêmen


Em cada ejaculação há a liberação de 2,5 mililitros a 5 mililitros de sêmen com

uma quantidade de espermatozoides que varia de 50 milhões a 15º milhões por

mililitro. Taxas inferiores a 20 milhões de espermatozoides por mililitro podem levar à

infertilidade



Sistema Reprodutor Feminino


O sistema reprodutor feminino diferencia-se funcionalmente do masculino por uma

característica essencial: ele não se limita a produzir gametas e hormônios sexuais –

é também o receptáculo do concepto. É no seu interior que o concepto se desenvolve

por noves meses, até ser capaz de se adaptar ao mundo externo.

Genitais Externos

Os órgãos genitais externos femininos formam um conjunto chamado vulva, composto

de estruturas que podem ser visualizadas sem o auxílio de instrumentos, como:

• Monte Púbico: Elevação de tecido adiposo, recoberto por pelos, que protege a

sínfise púbica.

• Grandes Lábios: Com tecido adiposo e pelos pubianos.

• Pequenos Lábios: Sem gordura ou pelos.

• Clitóris: Massa de tecido erétil, análogo ao pênis, recoberto parcialmente pelo

prepúcio do clitóris, uma prega de pele próxima à união anterior dos lábios

menores.

Entre os pequenos lábios fica o vestíbulo, onde se abrem a vagina (que pode ainda

estar parcialmente recoberta pelo hímen), a uretra e as glândulas vestibulares maiores

– conhecidas ainda por glândulas de Bartholin – que produzem muco durante a

excitação sexual.

Sob os grandes lábios existem os bulbos do vestíbulo, massas de tecido erétil, assim

como o clitóris, que também se ingurgitam durante a relação sexual.


Genitais Internos


Os órgãos genitais internos femininos são: útero, tubas uterinas e ovários.

A vagina é um espaço tubular fibromuscular recoberto com uma mucosa pregueada

com cerca de 10 centímetros de comprimento. Ela comunica a vulva com o útero.

Suas paredes são musculares e têm capacidade de contração. A vagina tem as

funções de receber o pênis durante a relação sexual, dar saída ao fluxo menstrual e

formar o canal do parto. A vagina tem grande elasticidade tanto no sentido longitudinal

quanto transversal.

O útero, por sua vez, é um órgão oco, em forma de pera, com paredes musculares

espessas. Ele serve como caminho para os espermatozoides chegarem à tuba uterina

para a fertilização e abriga o feto durante o seu desenvolvimento, podendo crescer

até um volume de 5 litros. A porção inferior do útero insinua-se para dentro da porção

superior da vagina e é chamada de colo do útero. A parte central, denominada corpo

do útero, é separado do colo pelo intestino. A porção superior e o fundo do útero. Na

junção entre corpo e fundo saem as tubas interinas, duas estruturas que se estendem

lateralmente em direção aos ovários, de onde capturam os ovócitos secundários.

As tubas são compostas por um infundíbulo (que se abre para a cavidade pélvica

e por onde o ovócito secundário entra), recoberto em sua extremidade por franjas

denominadas fímbrias, por uma ampola (porção mais dilatada onde ocorre a

fecundação na maioria dos casos) e por um istmo (porção mais proximal e mais

estreita).

Por ser um órgão oco, o útero possui um espaço em seu interior que é chamado de

cavidade interina na região do corpo e de canal cervical na região do colo. As paredes

uterinas são formadas por três camadas: o perímetro, camada de revestimento,

é a mais externa e continua no peritônio, formando o mais evidente ligamento do

útero – o ligamento largo; o miométrio, camada média formada por músculo liso; e

o endométrio, a camada mais internam muito vascularizada, que se altera durante o

ciclo menstrual.

O útero tem uma posição padrão chamada de anteversoflexão. Isso significa

simplesmente que o corpo do útero se inclina anteriormente em relação ao colo, e,

além disso, o próprio corpo e côncavo anteriormente. Alterações na posição normal de

anteversoflexão podem levar a infertilidade.

Os ovários são as gônadas femininas e produzem hormônios e ovócitos secundários.

São estruturas pequenas, em forma de amêndoa, ancoradas por ligamentos como o

mesovário (parte do ligamento largo do útero) e o ligamento útero-ovárico.

Quando nasce, a mulher já está em fase avançada no seu desenvolvimento de

células germinativas, que se encontram no estágio de ovócito primário. Envolvendo

os ovócitos existem células foliculares. Após a puberdade, a cada ciclo ocorre a

maturação de um folículo e um ovócito, gerando um ovócito secundário, que pode ser

fecundado e gerar, por fim, um zigoto. Portanto, o que ocorre na puberdade não e a

formação de novos gametas, mas a maturação das formas já existentes.

A partir da puberdade, as estruturas ovarianas produzem dois hormônios, o estrogênio

e a progesterona. O estrogênio age na formação das características sexuais

femininas, como o alargamento da pelve e o desenvolvimento da vagina, dos grandes

e pequenos lábios, dos pelos pubianos e das mamas. Já a progesterona prepara o

útero para a gravidez e as mamas para produzir leite.

Bibliografia: -Lopes, Sônia. Bio volume único. -2. ed.-São Paulo: Saraiva, 2008. Páginas 661, 662 e 663

-Zorxi Iriam Gmomes Starling, Rafel. Corpo humano orgãos sistemas efuncionamento. Rio de Janeiro: Senac Editoras, 2012. página 115.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

SISTEMA RESPIRATORIO


Os seus principais componentes são: cavidades ou fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões.
O sistema respiratório começa no nariz e na boca e tem continuidade pelas vias aéreas até os pulmões (que é onde ocorre a troca gasosa).
As suas principais funções são:
·      Levar O2 aos pulmões;
·      Transferir este O2 para o sangue;
·      Destruir o CO2;
Todas estas funções em conjunto com o coração.

      A principal função desse sistema é a troca gasosa, que consiste na captação de O2 e a remoção de CO2.


Respiração: É indispensável para o ser humano e consiste na absorção de O2 do ar e a eliminação de CO2, pelo organismo. O responsável pela condução desses gases é o sangue. O ar absorvido adentra no sistema respiratório pelo nariz e boca.




        Fossas/cavidades nasais: são paralelas entre si e tem início nas narinas e findam na faringe. São revestidas de células que produzem muco e células ciliadas, que também se fazem presentes na traqueia, nos brônquios e no início dos bronquíolos, com as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.



      O ar percorre a faringe até a laringe, onde se depara com a epiglote, que se contrai durante a deglutição, o que evita que os alimentos passem para as vias aéreas. 
      A traquéia é o maior tubo de condução desse sistema, ela se divide em duas vias menores denominadas brônquios para srir as necessidades dos dois pulmões. 
  Os brônquios tem várias ramificações, até se transformarem em vias aéreas menores denominadas bronquíolos.
    Cada um destes bronquíolos acabam em pequenas bolsas cheias de capilares sanguíneos estes são chamados de alvéolos pulmonares.



    Inspiração: realiza a entrada de ar nos pulmões, pela contração do músculo do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa-se e as costelas levantam-se realizando o aumento da caixa torácica, e consequentemente a diminuição da pressão interna em relação à externa e é esse processo que faz o ar entrar nos pulmões.
    Expiração: ela realiza a saída do ar dos pulmões, ao contrário da inspiração, pelo relaxamento do músculo do diafragma e dos músculos intercostais. 

O diafragma levanta-se e as costelas abaixam-se realizando a diminuição do volume da caixa torácica, o que consequentemente aumenta a pressão interna e esse processo força a saída do ar nos pulmões.


Tosse e espirro

A tosse e o espirro são considerados reflexos do sistema respiratório a tosse é denominada como defesa natural inespecífica, porque ela tem função de remover agentes irritantes que adentram às vias aéreas inferiores, conduz-se pelo nervo vago até o bulbo, onde ocorre a inspiração e expiração, e a contração dos músculos da laringe para realizar a tosse.

O espirro é parecido com a tosse, porém a via infectada vem das terminações nervosas do nariz.












Efeitos do cigarro no sistema respiratório: a fumaça dos cigarros faz com que a eficiência do funcionamento dos cílios diminua, o que causa com maior frequência as doenças respiratórias entre os fumantes.
       Caso os bronquíolos estiverem obstruídos generalizadamente, com o passar dos anos se desenvolve o enfisema pulmonar que pode levar a morte por insuficiência respiratória.


Bibliografia: Livros- Anatomia humana sistematica e segmentar- Dabgelo e Fattini ,  NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre:Artmed, 2000,  Anatomia orientada  para clinica- keith l. moore.
 

Componentes do grupo:  Fernanda da S. Souza
                                              Maria Carolina Freitas 
                                           Mariana A. Almeida
                                           Tanla Jacobina
                                           Vanessa Cosseti 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013


Sistema Nervoso 

Em alguns aspectos, o encéfalo humano se parece com um computador. Porém, além do processamento lógico, ele é capaz de desenvolvimento complexo, aprendizado, autoconsciência, emoção e criatividade. A cada segundo, milhões de sinais químicos e elétricos passam pelo encéfalo e pela intrincada rede de nervos do corpo. Todavia, o tecido nervoso é delicado e necessita de proteção física e de um abastecimento sanguíneo confiável. Se lesado, a reparação costuma ser esmeradamente lenta e a degeneração nervosa é um dos problemas médicos menos compreendidos.

Conceito:

As funções do Sistema Nervoso  controla e coordena as funções de todos os  sistemas recebendo  estímulos aplicados à superfície  do corpo animal e capaz de  interpretá-los eventualmente respostas adequadas podendo se voluntárias e involuntárias.

Divisão do Sistema Nervoso

SNC – encéfalo e medula espinhal
SNP- nervos , gânglios, nervos cranianos , e as terminações nervosas. 


Meninges


      Tanto o encéfalo quanto a medula espinhal são protegidos por três camadas  a meninge externa ,mais espessa ,é dura –máter; a meninge mediana é a aracnóide ; e a mais interna é a Pia-máter, firmemente aderida ao encéfalo e à medula.


Sistema Nervoso Central (SNC)

O sistema nervoso central, uma estrutura anatômica enormemente complexa, recolhe milhões de estímulos por segundo, que são continuamente processados e memorizados, permitindo-lhe adaptar as respostas do corpo ás condições externas ou internas.

Vesículas primordiais

O SNC origina-se do tubo neural que, na sua extremidade cranial, apresenta três dilatações denominadas vesículas primordiais: o prosencéfalo, o mesencéfalo e o rombencéfalo. O restante do tubo é a medula primitiva. A cavidade ou luz do tubo neural existe também nas vesículas primordiais.



Prosencéfalo – Com o decorrer do desenvolvimento, as porções laterais do prosencéfalo aumentam desproporcionalmente e acabam por recobrir a porção central, originando o telencéfalo e o diencéfalo. A luz expande-se também lateralmente, acompanhando o grande desenvolvimento do telencéfalo.
Mesencéfalo – O mesencéfalo desenvolve-se sem subdividir-se e sua Liz permanece como um canal estreitado.
Rombencéfalo – O rombencéfalo subdivide-se em metencéfalo e mielencéfalo. Neste ultimo a luz se dilata, como dilatada se apresenta também no telencéfalo e menos no diencéfalo.

Partes do Sistema Nervoso Central

Destas transformações das vesículas primordiais, originam-se as partes mais importantes do sistema nervoso central:

a) O telencéfalo e diencéfalo originam o cérebro, sendo que os chamados hemisférios cerebrais são de origem telencefálica;
b) O mesencéfalo permanece, com a mesma denominação, como uma parte do SNC;
c) O mesencéfalo origina o cerebelo e a ponte;
d) O mielencéfalo origina o bulbo;
e) O restante do tubo neural primitivo origina a medula primitiva e esta a medula espinhal.

 O mesencéfalo, a ponte e o bulbo, em conjunto, constituem o tronco encefálico. Somente um corte mediano que separa os hemisférios cerebrais pode demonstrar a presença das estruturas que constituem o diencéfalo. No cérebro interno, o diencéfalo está recoberto pelos hemisférios cerebrais que derivam do telencéfalo.

O encéfalo em conjunto com a medula espinal, regula processos inconscientes e coordena a maior parte dos movimentos voluntários. Além disso, o encéfalo é o local da consciência, permitindo aos seres humanos pensar e aprender.

Ventrículo Encefálico e suas comunicações

Nas transformações sofridas pelas vesículas primordiais, a luz do tubo neural primitivo permanece e apresenta-se dilatada em algumas subdivisões daquelas vesículas, constituindo os chamados ventrículos que se comunicam entre si:

a) A luz do telencéfalo corresponde aos ventrículos laterais (direito e esquerdo);
b) A luz do diencéfalo corresponde aom 3º ventrículo. Os ventrículos laterais comunicam-se livremente através do forame interventricular;
c) A luz do mesencéfalo é um canal estreitado, o aqueduto cerebral, o qual comunica o 3º ventrículo com o 4º ventrículo;
d) A luz do rombencéfalo corresponde ao 4º ventrículo, este é continuado pelo canal central da medula e se comunica com o espaço sub-aracnóide.

Líquor

No espaço subaracnóide e nos ventrículos circula um líquido de composição química pobre em proteínas, denominando líquido cérebro-espinhal ou simplesmente líquor, sem uma de suas mais importantes funções proteger o SNC, agindo como amortecedor de choques. O líquor pode ser retirado e o estudo de sua composição pode ser valioso para o diagnóstico de muitas doenças. É produzido em formações especiais – plexos corióides – situados no assoalho dos ventrículos laterais e no teto do 3º e 4º ventrículos.


O SNC está completamente envolvido por líquor. Uma de suas funções é proteger o cérebro, amortecendo choques contra a superfície interna do crânio. 
O Liquor esta presente há cerca de 140ml, estando 70 ml nos ventrículos e outro tanto no espaço subaracnoideo. 

A produção de liquor ocorre nos plexos coroideos, especialmente nos ventrículos laterais, na quantidade aproximada de 20 ml por hora.O LCR passa ao 3º ventrículo pelos foramens interventriculares, atravessa o aqueduto mesencefálico ou de Sylvius e sai do 4º ventrículo para a cisterna magna através dos dois foramens de Luschka (laterais) e o de Magendie (medial).

   

 RM cerebral, corte axial, T1.  1,Acueducto cerebral (Acueducto de Silvio). 2, Lóbulo temporal (derecha). 3, Globo ocular.

Da cisterna magna, a maior parte do LCR flui cranialmente, passa pelas cisternas perimesencefálicas e pelo espaço subaracnóideo da convexidade cerebral para ser absorvido nas granulações aracnóideas ou de Pacchioni. Estas são como minúsculos dedos de luva da aracnóide que perfuram a dura-máter e se introduzem nos seios venosos durais (principalmente o seio longitudinal superior e veias tributárias deste).
RM cerebral, corte sagittal, T1.  1,Ventrículo lateral. 2, Esplenio del cuerpo calloso. 3,Puente (protuberancia anular). 4, Cerebelo

Uma pequena quantidade do LCR desce ao espaço subaracnóideo espinal, onde parte é absorvido e parte volta ao crânio.

Divisão Anatômica



Está dividido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico, os neuronios, cranio, meninges e medula.
Os neurônios são células que permitem que os componentes químicos se movam. Como alguns componentes carregam cargas elétricas, são conhecidos como íons. O objetivo é equilibrar os diferentes níveis das taxas e transportar por estes íons. Ao mover esses íons para frente e para trás dentro de cada neurônio, uma força é construída a partir de um nível de repouso para um determinado limiar. 
Quando atinge o nível limiar, uma mensagem é acionada. Isso resulta, assim, na transmissão de mensagens entre os neurônios. Quando um paciente está em estado de coma, os médicos verificam a atividade cerebral. Enquanto os circuitos elétricos estão disparando conforme o esperado, o paciente está vivo e bem, apesar de nenhum movimento físico.



O crânio tem como função o abrigo do encéfalo e da medula.
·         As meninges que envolvem o sistema nervoso central:

Piamáter
 é a primeira meninge;Aracnóide é a membrana secundária,
Duramáter é a membrana terciária. Entre a aracnóide e a duramáter há um espaço preenchido com um líquor, ou seja, um líquido que se predispõe a preservar o tecido nervoso, além de ocupara também os ventrículos cerebrais e o canal do epêndima.

Legenda:
1.Arcacnoide
2.Piamater
      3.Duramater

·         A medula é constituída por fibras nervosas presentes na coluna vertebral, tem o formato de uma circunferência atingindo a parte localizada atrás do encéfalo e os ossos que formam a espinha dorsal.
 O cérebro é dividido em lobos denominados frontal, parietais, temporais e occipitais. Cada lobo está relacionado ao controle de uma determinada função orgânica.

Disposições das substâncias branca  e cinzenta no sistema nervoso central

A camada mais externa do encéfalo tem cor cinzenta e é formada principalmente por corpos celulares de neurônios. A região encefálica mais interna tem a cor branca e constituída principalmente por fibras nervosas (dendritos e axônios ) .a cor branca se deve à bainha de mielina que reveste as fibras. 




Sistema nervoso Periférico

O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes dos axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras nervosas dos nervos que fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com o sistema nervoso central.É composto pelos nervos espinhais e cranianos.
Para a percepção da sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva há um dispositivo captador que é denominado receptor e uma expansão que a coloca em relação com o elemento que reage ao impulso motor,este elemento na grande maioria dos casos é uma fibra muscular podendo ser também uma célula glandular.A estes elementos dá-se o nome de efetor.
Portanto ,o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema nervoso central ao receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao efetor, quando o impulso é motor.
Os nervos desse sistema se dividem em dois grandes grupos: os nervos espinhais e cranianos.
As fibras que constituem os nervos são em geral mielínicas com neurilema.São três as bainhas conjuntivas que entram na constituição de um nervo: epineuro (envolve todo o nervo e emite septos para seu interior), perineuro (envolve os feixes de fibras nervosas) , endoneuro (trama delicada de tecido conjuntivo frouxo que envolve cada fibra nervosa).As bainhas conjuntivas conferem grande resistência aos nervos sendo mais espessas nos nervos superficiais,pois estes são mais expostos aos traumatismos.
Durante o seu trajeto os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar.Nestes caso não há bifurcação ou anastomose de fibras nervosas, mas apenas um reagrupamento de fibras que passam a constituir dois nervos ou que se destacam de um nervo para seguir outro.
Os nervos espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo.

Terminações nervosas

Porção localizada na parte distal dos nervos, com função de contatar os órgãos periféricos. Podem ser sensitivas (sensíveis a um determinado tipo de estímulo, a partir do qual eles desencadearão o aparecimento de impulsos nervosos nas fibras aferentes do SNC e depois atingem áreas específicas do cérebro onde são interpretados resultando diferentes formas de sensibilidade) ou motoras (somáticas e viscerais. Estabelecem contato com as fibras nervosas e os órgãos efetuadores (músculos e glândulas). Podem ser chamadas de junção neuromuscular).

Classificação das terminações nervosas:

Quanto à distribuição, as terminações nervosas são classificadas em:

Especiais: os receptores estão restritos a uma determinada área. São mais complexos. Ex.: visão (retina), audição e equilíbrio (orelha interna), gustação (língua e epiglote) e olfação (cavidade nasal).

Gerais: ocorrem em várias partes do corpo, principalmente na pele. São classificadas em: 

-Terminações nervosas livres (mais frequentes);

-Encapsuladas (mais complexas): corpúsculo de Meissener, corpúsculo de Water-Paccini, corpúsculo de Krause, corpúsculo de Ruffini, discos ou meniscos de Merckel;

-Fusos neuromusculares (contração);

-Órgãos neurotendíneos (tensão);

-Órgãos da base dos folículos pilosos.

Quanto à localização, as terminações nervosas são classificadas em:


Exteroceptores: receptores na periferia (na derme);
Proprioceptores: receptores na parte própria do corpo (ossos, músculos, articulações); 
          Interoceptores: receptores na parte interna (vísceras e vasos).


·     Gânglios
Acúmulos de corpos celulares de neurônios dentro do SNC são denominados núcleo. Quando estes acúmulos ocorrem fora do SNC eles são chamados gânglios e apresentam-se, geralmente, como uma dilatação.

Nervos
São cordões esbranquecidos formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo e que têm como função levar (ou trazer) impulsos ao (do) SNC. Distiguem-se dois grupos: os nervos cranianos e os espinhais.
 - Nervos cranianos

São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles origina-se no tronco encefálico. Além do seu nome os nervos cranianos são também denominadas por números em sequência crânio-caudal.  A relação abaixo apresenta o nome e o número correspondente a cada um dos pares cranianos: 
I – Olfatório
II – Óptico
III – Óculomotor
IV – Troclear
V – Trigêmio
VI – Abducente
VII – Facial
VIII – Vestíbulo-coclear
IX – Glossofaringe
X – Vago
XI – Acessório
XII – Hipoglosso


   Há uma acentuada variação entre eles no que se refere aos componentes funcionais, tornando-os muito mais complexos do que os nervos espinhais. Alguns nervos cranianos possuem um gânglio, outros têm mais de um e outros, ainda, não têm nenhum. Uma visão muito simplificada do destino destes nervos é dada a seguir :
aa) O nervo olfatório é puramente sensitivo e ligado à olfação, como o nome indica, iniciando-se em terminações nervosas situadas na mucosa nasal.
b)     O nervo óptico, também sensitivo, origina-se na retina e está relacionado com a percepção visual.
bb) Os nervos óculomotor, troclear e abducente inervam músculos que movimentam o olho, sendo o III par é também responsável pela inervação de músculos chamados intrínsecos do olho, como o músculo esfíncter da íris ( que fecha a pupila) e omúsculo ciliar (que controla a forma da lente).
xc) O nervo trigêmio é predominantemente sensitivo, sendo responsável pela sensibilidade somática de quase toda a cabeça. Um pequeno contigente de fibras é motor, inervando a musculatura mastigadora, isto é, músculos que movimentam a mandíbula.
ed) Os nervos facial, glossofaríngeo e vago – são altamente complexos no que se refere aos componetes funcionais, estando relacionados á sensibilidade gustativa e de vísceras, além de inervar glândulas, musculatura lisa e esquelética. O nervo vago é um dos nervos cranianos mais importantes pois inerva todas as víceras torácicas e a maioria das abdominais.
f)        O nervo vestíbulo-coclear é puramente sensitivo, constituido de duas porções : aporção coclear está relacionada com os fenômenos da audição e a porção vestibularcom o equilíbio.
ga) O nervo acessório inerva músculos esqueléticos, porém, parte de suas fibras acola-se ao vago e com ele é distribuída.
hb) O nervo hipoglosso inerva os músculos que movimentam a língua, sendo, por isso, considerado como o nervo motor da língua.
 - Nervos espinhais

Os 31 pares de nervos espinhais mantêm conexão com a medula e abandonam a coluna vertebral através de forames intervertebrais, como já foi visto. Ora, a coluna pode ser dividida em porções cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea; da mesma maneira, reconhecemos nervos espinhais que são cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígeos. 
aa)     Formação do nervo espinhal – O nervo espinhal é formado é formado pela fusão de duas raízes : uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes) , cujos os corpos celulares estão situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensitivas (aferentes) cujos corpos celulares estão situados no gânglio sensitivo da raiz dorsal, que se apresenta como uma porção dilatada da própria raiz. A fusão das raízes sensitiva e motora resulta no nervo espinhal. Isto significa que o nervo espinhal é sempre misto, isto é, está constituindo de fibras aferentes e eferentes.  FIGURA 
bb) Distribuição dos nervos espinhais – Logo após a fusão das raízes ventral e dorsal o nervo espinhal se divide em dois ramos : ventral (mais calibroso) , e dorsal (menos calibroso) . Os ramos dorsais inervam a pele e os músculos do dorso; os ventrais são responsáveis pela inervação dos membros e da porção ântero-lateral do tronco. 
bc) Formação dos plexos nervosos- Os ramos ventrais que inervam a parede torácica e abdominal permanecem relativamente isolados ao longo de todo o seu trajeto. Nas regiões cervical (pescoço) e lombo-sacral, porém, os ramos ventrais entremeiam-se para formar os chamados plexos nervosos, dos quais emergem nervos terminais.
Observe este fato: como são vários os ramos ventrais que participam da formação de um flexo, devido às inúmeras interligações existentes nesta estrutura, as fibras de uma mesma raiz ventral podem se distribuir em vários nervos terminais do plexo. Assim, como regra geral, pode-se afirmar que as fibras de cada nervo espinhal que participa da formação de um plexo, contribuem para constituir diversos nervos que emergem do plexo e cada nervo terminal contém fibras provenientes 


Considerações finais
    
Originam-se, assim impulsos nervosos que percorrem as fibras em direção ao sistema nervoso central por intermédio de nervos . Os impulsos chegam á raiz dorsal do nervo espinhal passando ao gânglio ai localizado .No gânglio estão os corpos dos neurônios sensitivos cujos prolongamentos periféricos  os impulsos acabaram de percorrer. A  seguir os impulsos chegam a medula por meio dos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos ,penetram na medula e fazem a sinapse com neurônios situados na coluna posterior da substância cinzenta .

Estes neurônios emitem novos axônios que sobem pela substância branca  da medula como parte tractos ou fascículos.

Passam pelo tronco encefálico, diencéfalo e chegam ao córtex
Da área cerebral especializada para interpretar o estimulo veiculado.  

Bibliografia:


  • ü Harnsberger HR, Osborn AG, Ross JS, Moore KR, Salzman KL, Carrasco CR, Halmiton BE, Davidson HC, Wiggins RH. Diagnostic and Surgical Imaging Anatomy: Brain, Head and Neck, Spine. 3rd ed. Salt Lake City, Utah. Amirsys. 2007. 

  • ü Bourjat P, Veillon F. Imagerie radiologique tête et cou. Paris, Vigot. 1995.

  • ü Gouazé A, Baumann JA, Dhem A. Sobota. Atlas d'Anatomie humaine. Tome 3. Système nerveux central, système nerveux autonome, organe des sens et peau, vaisseaux et nerfs périphériques. 1er éd. Paris, Maloine. 1977. 

  • ü Kahle W, Cabrol C. Anatomie. Tome 3: Système nerveux et organe des sens. 1er éd. Paris, Flammarion. 1979. 

  • ü Anatomia Humana Básica - Dangelo e Fattini. 2ª Edição, Editora Atheneu. 

  • ü Anatomia indicada para clínica. 4ª Edição. Keith L. Moore e Arthur F. Dalley, Editora Guanabara Koogan.




Criado por:

Andréia Paes
Jéssika Dayanne T. Regino
Meiriane Alves de Araujo
Paola dos S. Gonçalves